Fala, Especialista: agronegócio mineiro supera desafios e busca sustentabilidade para o futuro

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Por Leydiane Alves

O agronegócio de Minas Gerais destaca-se pela sua variedade de cadeias produtivas. Tradicional na produção de café, atingindo a marca de mais de 23 milhões de sacas/ano, o estado também aparece como grande agente nos segmentos do leite, do açúcar, da fruticultura e da agroenergia por meio das suas 600 mil propriedades rurais.

Após ter permanecido em torno de R$ 110 bilhões no triênio 2016-2018, o PIB do agronegócio de Minas Gerais, calculado a preços correntes, expandiu-se de R$ 114 bilhões em 2019 para R$ 150 bilhões em 2020 e R$ 177 bilhões em 2021.

Os índices do PIB são impulsionados pelo faturamento da produção do agronegócio. De acordo com levantamento do IBGE, em 2021, a produção de café, soja, milho e cana-de-açúcar chegaram a R$18,6 bilhões, R$18 bilhões, R$10,8 bilhões e R$ 8,9 bilhões, respectivamente. Ainda assim, o setor enfrenta obstáculos.

A escassez hídrica, os grandes períodos de seca no norte do estado e a pandemia da covid-19 diminuíram a demanda e afetaram a produção, principalmente nas pequenas propriedades. Para falar sobre o cenário do agronegócio local, a gerente de agronegócio do Sebrae-MG, Priscila Lins, participou do podcast do Polo Sebrae Agro “Fala, Especialista” e compartilhou algumas informações relevantes sobre o setor.

Os desafios do agro e as soluções encontradas

“O agronegócio de Minas Gerais possui uma variedade enorme de cadeias produtivas, mas alguns desafios são compartilhados entre elas”, pontua a especialista. De acordo com Priscila, a falta de mão de obra no campo, as dificuldades de gestão das propriedades, as pragas nas plantações e a pandemia da covid-19 são alguns dos problemas encontrados em todo o setor.

Mais recentemente, as mudanças climáticas também se tornaram um obstáculo para o crescimento do agronegócio. De acordo com a World Meteorological Organization, a primeira década do século XXI apresentou as temperaturas médias mais altas já observadas, afetando a produtividade e, consequentemente, a renda dos produtores.

Priscila destaca que o Sebrae-MG está atento a esse cenário e possui um projeto para ajudar nessa demanda: uma metodologia de cultivo e comercialização de árvores nativas. “Por meio de acompanhamento constante, a instituição reúne produtores, ensinando-os a coletar sementes das árvores, a montar viveiros, a plantar sementes e a comercializar mudas”, explica ela.

O reflorestamento auxilia na qualidade do ar e no retorno de fontes de água naturais. Já para contornar os desafios de gestão, Priscila conta que o Sebrae-MG possui o Educampo, uma metodologia que auxilia o pequeno produtor, por meio de consultorias locais nas propriedades com base em indicadores econômicos, a gerir melhor seu negócio e aumentar a produtividade de forma saudável.

No Educampo, atualmente, são atendidas 1.300 propriedades rurais todos os meses e os resultados mostram crescimento considerável. “Em propriedades leiteiras, a produção aumentou, em média, de 6 litros por vaca/dia para 20,5 litros por vaca/dia. Nas cafeeiras, a produção aumentou de 38 sacas/hectare no biênio 2017/2019 para 40,36 sacas/hectare em 2021, em média”, pontua ela.

O bate-papo completo com a especialista pode ser conferido, basta clicar e conferir!

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