O Piauí se destaca como o maior exportador de mel do Brasil, impulsionando a expansão da atividade. No primeiro bimestre de 2021, o estado exportou 2,3 mil toneladas, representando um terço das exportações nacionais. Os principais destinos das exportações brasileiras de mel incluem EUA, Alemanha, Canadá e Austrália. Apesar desse sucesso, a Abemel estima que apenas 15% do potencial melífero do país está sendo explorado, indicando oportunidades significativas de crescimento.
A apicultura é uma atividade agropecuária que atende aos três requisitos da sustentabilidade: o econômico, pois gera renda aos produtores; o social, pois ocupa a mão de obra familiar no campo e ajuda a reduzir o êxodo rural; e o ecológico, visto que ocorre a polinização de espécies nativas, aliada à conservação ambiental, já que não é preciso desmatar para criar abelhas. Contudo, o setor encontra uma barreira de expansão devido ao baixo consumo nacional, um dos mais baixos do mundo, o que torna o mercado externo mais atrativo.
Panorama no Brasil
O Brasil registrou, em 2021, um recorde na produção de mel. De acordo com dados da Pesquisa Pecuária Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram 55,8 mil toneladas. Além disso, o valor de produção chegou a R$ 854,4 milhões e o preço médio do alimento foi de R$ 12,07 para R$ 15,30/kg.
O Rio Grande do Sul é o maior estado produtor do Brasil, responsável por 9,2 mil toneladas, seguido pelo Paraná (8,4 mil) e o Piauí (6,9 mil). No total, 3.991 municípios registraram alguma produção de mel em 2021. A liderança é de Arapoti (PR), com 925,6 toneladas.
Conhecimento para exportação de mel
Segundo o Manual Técnico de Procedimentos para Exportação do Mel, o caminho para exportação desse produto passa pelo planejamento para internacionalização e procedimentos administrativos para exportar. Contudo, há pontos de atenção, como por exemplo, conhecer os requisitos sanitários dos países para onde se quer exportar.