A apitoxina, veneno proveniente da espécie de abelha Apis mellifera, vem sendo desenvolvida como alternativa de renda para apicultores. A toxina tem alto potencial como fármaco e pode ser utilizada em uma série de tratamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antitumoral, cicatrizante e neuroprotetor. Por isso, sua extração é oportuna para os pequenos produtores.
Atividade que pode proporcionar uma excelente fonte de renda complementar para o apicultor, o veneno apícola é, contudo, um produto de difícil comercialização, pois, ao contrário dos outros produtos da abelha, a apitoxina deve ser comercializada em farmácias de manipulação e indústrias de processamento químico, em razão da sua ação tóxica.
As cooperativas têm um papel fundamental nesse processo, já que 80,4% dos apicultores participam de alguma organização social (sindicato, associação e/ou cooperativa). Assim sendo, um exemplo de cooperativa está no Piauí, com apoio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Programa de Geração de Emprego e Renda (Progere). A cooperativa atua em 15 municípios, dos quais seis foram beneficiados pelo programa. O gestor frisa que a unidade de processamento fica próxima à unidade do mel, uma vez que a apitoxina tem um valor agregado muito maior que o mel – cem ou mais vezes superior. Isso coloca os apicultores e as apicultoras do Piauí na vanguarda da diversificação da apicultura.
Neste material, mencionamos os seguintes assuntos mais detalhadamente:
- produção;
- métodos de coleta e armazenamento;
- controle de qualidade e legislação;
- cadeia produtiva do setor;
- exemplos práticos no setor.