A estação de monta (EM) é uma prática da criação de bovinos na qual as fêmeas em reprodução são expostas ao touro ou à inseminação artificial durante um determinado período do ano, com o intuito de concentrar os partos.
O pecuarista pode lançar mão dessa estratégia de manejo como uma alternativa à monta o ano todo, na qual os touros e as vacas convivem ininterruptamente no pasto. Além do acasalamento, a técnica abrange o desmame, vacinação e vermifugação. Sua vantagem é elevar a taxa de natalidade e dessa forma garantir mais nascimentos em menor tempo. Além disso, também possibilita melhor assistência e controle sanitário da reprodução bovina, aumentando a produtividade.
Na estação de monta, fêmeas de melhor desempenho reprodutivo são selecionadas e os bezerros costumam nascer mais pesados, assim a produtividade do rebanho aumenta.
Vantagens da estação de monta
- Escolher época mais favorável para fertilização das fêmeas, nascimento e crescimento do bezerro
- Obter maior eficiência de seleção e descarte
- Aumentar a pressão de seleção sobre as novilhas
Desvantagens da monta o ano inteiro
- Desempenho e fertilidade comprometidos (alto intervalo entre partos)
- Dificuldade de controle zootécnico e sanitário
- Práticas nutricionais e sanitárias não apresentam grandes benefícios
- Prejudica animais para seleção
- Dificuldade na formação de lotes
A estação de monta ainda tem uma vantagem econômica, já que a taxa de natalidade estimada em aproximadamente 50% é um dos fatores que mais oneram a atividade pecuária no país. A técnica pode proporcionar um aumento de até 31% na margem de lucro, sem a necessidade de investimento, de acordo com a Embrapa. O primeiro impacto é proporcionar ao criador maior conhecimento da reprodução do rebanho.
Em boas condições físicas e nutricionais, uma vaca produz em média um bezerro por ano, o que significa que é necessário que ela fique prenha até o terceiro mês após o parto. O descarte deve ser feito se ela falhar uma ou duas vezes, ou por outros motivos.