O melhoramento genético desempenha um papel fundamental na criação de ovinos e caprinos, impulsionando a produção de carne, leite e fibras de alta qualidade. Neste artigo, exploraremos as estratégias e benefícios desse processo essencial.
Em 2020 o rebanho ovino no Brasil foi de 20,6 milhões de cabeças. Dentre as regiões brasileiras, o Nordeste se destaca com participação de 70,6% do rebanho total, seguido do Sul, com 18,7% (Embrapa, 2021).
O ritmo de crescimento do rebanho foi menor em um período mais recente – de 0,6% em 2019 e 1,5% em 2020. Para continuar evoluindo, o setor precisa se modernizar gradualmente e contar com acompanhamento profissional em suas áreas técnicas, como a seleção de reprodutores, manejo do rebanho e melhoramento genético.
O que são ovinos e caprinos?
Ovinos e caprinos são dois tipos de animais domesticados pertencentes à subfamília dos bovídeos. Eles são criados principalmente para a produção de carne, leite, lã e pele. Podemos observar algumas características e diferenças entre ovinos e caprinos:
Ovinos
- O termo “ovino” refere-se a ovelhas, que são criadas para várias finalidades, incluindo carne, lã e, em alguns casos, leite.
- O carneiro é o macho da ovelha, enquanto a ovelha é a fêmea.
- A lã de ovinos é uma das principais fontes de fibras naturais utilizadas na indústria têxtil.
- A carne de ovinos, conhecida como carne de cordeiro ou carne de carneiro, é uma fonte importante de proteína em muitas dietas em todo o mundo.
Caprinos
- O termo “caprino” refere-se a cabras, que são criadas principalmente para carne, leite e fibra.
- O bode é o macho da cabra, enquanto a cabra é a fêmea.
- O leite de cabra é consumido em muitas partes do mundo e é usado para produzir diversos produtos lácteos, como queijo e iogurte.
- A carne de caprinos, conhecida como carne de cabra ou carne de bode, é consumida em várias cozinhas e é uma fonte de proteína em muitas culturas.
Otimizando a produção de ovinos e caprinos
Na caprinovinocultura, as principais características a serem trabalhadas por meio do melhoramento genético são aquelas relacionadas à produção, e variam com o tipo de atividade desenvolvida no criatório, como:
- Ganho de peso: garante que os machos alcancem o peso de abate mais rapidamente e que as fêmeas atinjam o peso de cobertura mais cedo.
- Sanidade: resistência à verminose – parasitas gastrintestinais constituem dos maiores problemas nas pastagens, e há métodos para evitá-los.
- Desempenho reprodutivo: prioridade em um rebanho, deve ser melhorado com seleção e descarte dos ovinos segundo suas características de reprodução.
- Qualidade da carcaça: o peso, a qualidade e o rendimento (relação entre o peso vivo e sua carcaça) devem ser observados, inclusive na seleção da raça.
- Produção de lã: a produção de lã de boa qualidade e em grande quantidade deve ser buscada, considerando o comprimento e a espessura da lã colhida em cada tosquia como base para o melhoramento genético desses plantéis.
- Produção de leite: a maior produção, qualidade e persistência da lactação são as características mais importantes a serem aperfeiçoadas por meio das técnicas de melhoramento genético.
Ferramentas para o melhoramento genético
O melhoramento genético animal consiste em um conjunto de processos seletivos e de direcionamento dos acasalamentos. O principal objetivo é aumentar a frequência de efeitos desejáveis ou combinações genéticas boas em uma população, para aperfeiçoar a capacidade de produção dos animais. Entre essas ferramentas estão:
- Seleção
- Escrituração
- Avaliações genéticas
- Métodos de acasalamento
Acesse o material completo.