Fertilizantes: insumos estratégicos no cenário internacional

Quando o assunto é a produtividade da lavoura, os fertilizantes são indispensáveis. Afinal, sejam minerais ou orgânicos, esses compostos têm um papel fundamental para o desenvolvimento das plantas, fornecendo ao solo nutrientes que elas necessitam para germinar, produzir folhas, flores, sementes e dar frutos.

Macronutrientes

Em primeiro lugar, os principais adubos utilizados na agricultura são produtos com os macronutrientes nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), elementos nobres da fertilização.

Micronutrientes

No entanto, além de macronutrientes, incluindo enxofre, cálcio e magnésio, o agricultor também pode precisar de adubos contendo micronutrientes na produção (cloro, ferro e muito mais). Como resultado, a necessidade de nutrição das plantas é bem menor.

Importância dos fertilizantes para o agronegócio

O mercado global de fertilizantes movimentou US$ 155,8 bilhões em 2019, a saber, o equivalente a quase 10% do PIB brasileiro. Além disso, a expectativa é que o setor cresça 3,8% ao ano, no mundo, até 2025.

O uso de fertilizantes garante as seguintes vantagens às plantações:

• aumento de produtividade em volume e velocidade;
• plantas maiores e um sistema radicular mais vigoroso;
• melhor aproveitamento do solo, da água e energia solar;
• melhor fotossíntese e produção de massa vegetal;
• saúde vegetal, dando mais vigor às plantas;
• menos chances de ataques de pragas ou doenças.

Cenário econômico mundial: impacto nas ofertas e nos custos

O Brasil é altamente dependente da importação desses insumos, assim sendo, uma média de 85% dos adubos que o agro brasileiro consome vêm de outros países.

Países de origem dos fertilizantes usados no Brasil:

  Amônia                                   Rocha fosfática                          Potássio

Aumento de preços: os fertilizantes enfrentam alta nos preços provocadas pelo déficit global de gás natural (GNL), assim como pelo aumento do consumo na China, pelas sanções econômicas dos EUA e União Europeia à Belarus (segundo maior fornecedor de potássio para o Brasil) e pela Guerra da Ucrânia, que também impactou o cenário.

A fim de reduzir a dependência de importações até 2050, o Plano Nacional dos Fertilizantes (PNF) definiu algumas metas:

Atingir a capacidade de produzir 2,8 milhões de toneladas de nitrogênio.

Obter a capacidade de produzir 9,2 milhões de toneladas de fosfato.

Conseguir a capacidade de produzir 6 milhões de toneladas de óxido de potássio.

Ter, no mínimo, mais quatro empresas produtoras de nitrogênio no país.

Atrair, pelo menos, R$ 20 bilhões em investimentos para novas fábricas.

Produção de fertilizantes no Brasil

Atualmente, há 3,2 mil estabelecimentos dedicados à produção, importação e venda de fertilizantes no Brasil. O país tem mais de 200 mil rótulos e, dessa maneira, importa quase 12 mil produtos de marcas ligadas à fertilização.

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