Distante 220 km de Belém, o município tem na farinha de mandioca um elemento socio-econômico-cultural histórico. Crocante e de sabor intenso, o produto possui reconhecimento internacional.
PRODUTO
A farinha de mandioca de Bragança é chamada de farinha d’água, posto que é feita de acordo com um método específico de preparo: a mandioca precisa passar por um período de fermentação de 4 a 5 dias, de molho em reservatórios, antes de ser descascada e colocada novamente de molho por mais 24h em água limpa.
Em seguida, o produto é triturado e colocado no tipiti (utensílio indígena que funciona como uma prensa) ou em prensa comum, quando são separados o líquido (tucupi) e a massa da mandioca, escaldada e torrada em seguida, em forno pré-aquecido.
A farinha da região de Bragança é crocante e de sabor intenso. Além do tempo de fermentação, responsável pelo sabor intenso, outro segredo é a torra: ela vai ainda úmida para o tacho e é mexida manualmente durante o processo chamado de escaldamento, quando ela é pré-cozida antes de torrar, processo resultante na crocância característica da farinha de Bragança.
TERRITÓRIO
A região da produção de farinha de mandioca de Bragança abrange cinco municípios do estado do Pará: Augusto Corrêa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu.
Bragança propriamente dita está distante 220 km da capital Belém e tem uma população de 124 mil habitantes.
O clima é quente e úmido, com temperatura média anual em torno de 26°C, podendo chegar a 37° de outubro a dezembro.