Manejo sustentável do pirarucu na região do médio Solimões, no Amazonas, salvou a espécie da extinção e ainda beneficiou milhares de pescadores e comunidades ribeirinhas.
PRODUTO
O pirarucu manejado de Mamirauá possui características ou qualidades decorrentes do meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos.
Os fatores humanos dizem respeito a aspectos e regras do manejo sustentável do pirarucu, que envolvem boas práticas de pesca, abate, recepção e pré-beneficiamento. Esses cuidados influenciam significativamente na qualidade final do produto, contribuindo para o aumento da durabilidade da carne na prateleira.
Além disso, a relação tempo-temperatura no transporte do pescado entre o lago de pesca e o flutuante onde é feita a armazenagem interfere no aroma agradável do produto.
Há, ainda, uma forte relação entre os fatores naturais e as diversas características ou qualidades da carne do pirarucu. O alto índice de ômega 3 no pescado deve-se à dieta vasta e específica da área de várzea de Mamirauá.
No que diz respeito à sua pigmentação vermelha diferenciada, ela é adquirida pela ingestão de moluscos, principalmente da família Pomaceae, que, por sua vez, obtém tal pigmento ao se alimentarem de vegetais.
TERRITÓRIO
A área geográfica da Denominação de Origem do Pirarucu Manejado envolve trechos de nove municípios do Amazonas.
A área da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá tem 11.240 km² e está localizada na região do médio Solimões, a cerca de 600 km de Manaus.
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