Muito valorizada, a madeira está entre as principais commodities do mundo. No Brasil, também, esse produto se destaca. Em 2021, a madeira em bruto atingiu o 9º lugar no ranking das exportações do setor agropecuário, ano recorde para a exportação, com 2,6 mil toneladas (91,2% maior do que foi exportado em 2020).
Nos próximos anos, a demanda por madeira pode crescer devido à redução na produção de madeiras nativas da Amazônia, que deve diminuir de cerca de 14 milhões de metros cúbicos para 5 milhões até 2030, muito por conta da falta de áreas privadas com florestas em situação fundiária regular e do aumento da fiscalização.
É nesse cenário que o mogno africano se mostra muito atrativo, pois é adaptável ao solo brasileiro, tem relativa facilidade de cultivo e sua qualidade tem atraído investidores, que já o chamam de “madeira do futuro”.
Planejamento e condições de plantio e cultivo
O mogno africano se destaca como madeira de alto rendimento e elevado valor comercial (em 2009 era comercializada a € 595 o m³, em 2022, passou a ser negociada a € 1.239 o m³, uma valorização de 108%), além de possibilitar a recuperação de áreas degradadas devido ao seu prazo de crescimento.
A importância de planejar o plantio
O planejamento é uma etapa imprescindível na cultura do mogno africano para otimizar o processo de implantação e obter maior lucratividade. Aqui, se verifica a área disponível e o melhor método para plantio (mecanizado ou manual), a disponibilidade hídrica da região para definir se há necessidade de irrigação, a análise de solo para planejar adubações, etc. Esses aspectos devem ser acompanhados de uma análise técnica e profissional, pois, por ser uma espécie exótica, ou seja, não nativa do Brasil, é necessário um estudo para saber se a árvore terá aceitação no novo ambiente.
Plantio consorciado
Modalidade que permite mais de uma espécie de cultivo. Café, cacau, pimenta do reino, banana, coco, mamão, manga, maracujá, milho, palmito pupunha e mandioca são exemplos de culturas que podem ser implantadas junto ao mogno africano. Esse plantio é indicado para produtores que buscam diversificar a receita de médio e longo prazos.
Rentabilidade da madeira
Estudos de mercado sobre a venda de mogno africano indicam que essa espécie apresenta taxa de retorno superior a 18% ao ano. Essas estimativas consideram algumas premissas que podem ser vistas em detalhes na planilha de investimento em mogno africano, produzida pelo Instituto Brasileiro de Florestas.
O mercado do mogno africano
A madeira dessa árvore tem diversas finalidades: instrumentos musicais, construção e acabamentos de aviões, navios, helicópteros e barcos, além da produção de móveis e itens de luxo (utilizados, por exemplo, pela marca Tramontina).
Quem compra mogno africano?
Quem mais compra essa madeira são países europeus e norte-americanos, como Canadá e EUA. Estes foram os únicos destinos da exportação brasileira de mogno em 2021.
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